quinta-feira, 30 de julho de 2009

O cronograma da construção ...

Abril/ 2009 - Após a escolha do barco enviamos email ao Luis Gouveia, Roberto Barros Yacht Design, e finalizamos a aquisição do projeto.

Maio/2009 - Pensando em facilitar o trabalho de caldeiraria, e também em reduzir os custos de compra das chapas de alumínio, optamos por investir em um aprimoramento do projeto básico fornecido pelo escritório Roberto Barros Yacht Design que irá permitir o corte das chapas pelo método de jato de água. Para esta etapa contamos com o apoio do engenheiro, velejador (veleiro Green Nomad) e amigo Luis Manuel Pinho, que vem atuando como parceiro do escritório Roberto Barros Yacht Design, para o desenvolvimento do projeto para corte CNC (plasma ou jato de água).

Maio/09 - Início da compra das chapas de alumínio (Felipe da Metalis)















Junho/09 - Mais chapas de alumínio


Julho/09 - Compra das últimas chapas de alumínio e início do corte em jato de água. É um processo muito bonito e preciso este do corte em jato de água pois permite um aproveitamento quase total das chapas com grande economia de material. Fizemos os cortes na ACD Chapas, que se mostrou uma empresa muito profissional e competente.





















Julho/09 - Montagem do picadeiro para travamento das cavernas. Vejam só que lindo trabalho o Jairo da Ilha Sul fez.













31/Julho/09 - Embarque das chapas para o sul.

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A escolha do veleiro ideal

Quantas e quantas horas não gastamos atrás do veleiro ideal?

Muitas pessoas falam em tamanho: "a vida começa após os 40' "

Outras fazem sua escolha baseado no material de construção, resistência , facilidade de construção (amadora ou profissional) ...

O tamanho da família, ou melhor, da tripulação também é sempre algo muito importante. Como dizia o Helio Setti, "o número ideal de tripulantes em um veleiro de cruzeiro é dois, ou melhor, um casal". Nem sempre isto é possível e muitas vezes o sonho de singrar os mares já se transformou num sonho a três, quatro, cinco ... (vide Veleiros Luiza, Cavalo Marinho, Bravo, Beetoven e tantos outros mais)

Os mais realistas sempre ponderam sobre os custos. Como disse o Cabinho em seu site "se um 40' não cabe em seu orçamento, reduza para 36' ou 28' , mas jamais economize em qualidade.

Foi juntando tudo isto que partimos em busca de um projeto que se adequasse as nossas necessidades de tamanho, bolso e espectativas de utilização.

Escolhemos o Multichine 41' SK (quilha retrátil) do escritório Roberto Barros Yachtdesign, uma criação do mestre Cabinho em um casco já testado e comprovado em milhares de milhas navegadas neste mundo afora. Este veleiro tem as dimensões adequadas para a nossa família, pode ser construído de forma amadora ou profissional, tem linhas harmoniosas e excelente navegação.




Seguindo uma tendência bastante atual, tanto de resistência como de conceito ecológico, optamos pela construção em alumínio naval. Este processo construtivo possui muitas vantagens e algumas desvantagens, mas não vou citá-las pois não estou aqui para criar polêmicas e tenho certeza que cada um que ler este blog poderia acrescentar mais algumas dezenas de argumento.

Inicialmente pensavamos em seguir os caminhos e os ensinamenos do amigo Riccardo Guardalben que esta construindo o seu lindo MC 36 de forma amadora e literalmente com as próprias mãos. A possibilidade de ter em suas mãos o poder de transformar sonhos em realidade é algo realmente sedutor e contagiante.

Como este é um projeto sonhado a dois e a cinco, preferi ponderar bastante e considerando nossas atividades profissionais ainda muito ativas, preferimos direcionar nosso tempo livre para o convívio em família e a aprimoração da arte da navegação. Decidimos buscar alguém que pudesse construir o barco para nós de forma pofissional e personalizada, mas ao mesmo tempo mantendo uma certa pitada de contrução amadora e familiar.

Depois de procurarmos um pouco de um lado e de outro encontramos um profissional com o perfil que queríamos e decidimos que nosso veleiro será um MC 41-SK feito em alumínio pelo estaleiro Ilha Sul Construções Náuticas lá de Barra do Ribeiro nas beiras do rio Guaíba, RS.

Que Bons Ventos nos permitam descer o Guaíba e encontrar o Atlântico rumo as águas calmas da Baía da Ilha Grande que será futuramente a casa do BEPALUHE.

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quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Um dia é preciso parar de sonhar e finalmente partir" Amir Klink

Olá pessoal,

Eu passei muito tempo da minha vida apenas olhando esta frase nos jipes e carros off-road com quem dividíamos o espaços na trilhas por este mundo a fora.

Um dia, fomos a uma feira de jipeiros, a Betinha e eu, e lá encontrei o Cid vedendo os seus adesivos. Não deu outra: compramos o adesivo e colocamos na lataria do nosso jipe!!









Desde então esta frase tem acompanhado nossas vidas. E nós, meio que atoa, sem muito perceber, passamos a respeitá-la como um lema. Os passeios de jipe, as trilhas e as viagens a 2 ou com toda a família, passaram a fazer parte de nossa rotina, e assim vivemos lindos momentos e começamos a sonhar com partidas mais longas, mais duradouras e mais aventureiras.










Aí então vieram os outros sonhos, compramos um veleiro, o Dolce Vitta, um Flash 165 com o qual velejamos um pouco na represa de Guarapiranga e também tivemos algumas boas velejadas em Iguape com as crianças e com meu pai. Foram bons momentos para relembrar a infância e a adolescência naquelas águas. É claro que também tivemos alg

uns momentos difíceis e alguns sustos, mas no final valeu a experiência para a família.




A verdade é que eu sempre tive uma atração pelo mar e pela vela estampada no sangue, mas isto havia ficado meio escondido depois dos tempos mais distantes de Iguape. A possibilidade de retomar esta vertente adormecida do meu Eu, me fez buscar um novo caminho e voltar a sonhar com águas e praias.

O sonho da casinha no topo da montanha com a linda paisagem de campos verdejantes e cachoeiras recebia então um outro sonho para concorrer: que tal um barco para passear, brincar, morar???
Aí não!!! Assim também é demais Paulo, você sonha demais. É claro que eu tentei argumentar mas ao final econtramos o caminho, encontramos um novo lema: "você quer ser feliz ... ou ter razão".

Escolhemos ser felizes!!!

Assim surgiu a idéia e o sonho de ter um veleiro que nos levasse a passear e a conhecer as belezas deste mundo.
É claro que não somos ingênuos a ponto de achar que a vida é feita só de belezas ou coisas boas, mas queremos buscar uma forma mais leve de viver e de amar. E por que não o mar!



Do sonho para a realização demorarão alguns anos, mas só de começar a sonhar nossas vidas já ficaram mais leves e o amor mais gostoso. Aos poucos todos da família vão entrando na onda e adotando o sonho também.

O barco já tem até nome: Bepaluhê, do tupi ... barco da família.
Tem gente que não entende a beleza da origem do nosso idioma e insiste em achar que o nome do veleiro seria uma montagem de nossos nomes: betinha, paulos, luisa e heloisa; mas eu insisto na beleza do tupi. rsrsrsrssrrsrs.

E assim vamos vivendo e construindo nossos sonhos.