terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Lembranças da infância

19 e 20/11/11

Outro ano se passou em minha vida e para aproveitar esta data tão marcante resolvemos fazer um bate e volta em Paraty para relaxar um pouco.

Combinamos um encontro com os primos Sergio, Fabi e Arthur que há muito já queríamos ver e conviver um pouco no mar para relembrar as grandes velejadas de nossa infância e adolescência, lá pras bandas do mar pequeno e do Rio Ribeira de Iguape.

Saímos no sábado de madrugada, com as crianças ainda dormindo, e seguimos viagem tranquilamente. Ao passar por Ubatuba as crianças acordaram e começou o dia de verdade.

Nossos filhos mais velhos foram passear para outras bandas e estávamos eu, Betinha e nossa pequena Heloísa.

Chegamos em Paraty por volta das 9 hs e já embarcamos rapidamente. O Bepaluhê estava prontinho para zarpar, abastecido de água, combustível e os alimentos qque havíamos trazido.

Chequei todos os ítens de segurança, motor e velas, e zarpamos tranquilamente a motor. Perto da ilha da Bexiga subimos as velas, desligamos o motor e fomos velejando lentamente em direção a Ilha do Mantimento.

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Vento: 8-10 kt, alheta BE.

SOG:3-4 kt

As crianças estavam a  mil, corriam de um lado para o outro, foi difícil mantê-los no cockpit e com o cinto de segurança.

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Os novos tripulantes estavam eufóricos e pude curtir um pouco aquela navegada com o Sérgio que estava super a vontade no barco e nem sentiu o balanço do mar.

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Tomamos um delicioso café e aproamos para a praia do Engenho pois as crianças estavam doidas para brincar na praia.

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A maré estava enchendo, então ancoramos um pouco mais raso com 4 mt, mas sabendo que iria subir um pouco joguei corrente de folga para não garrar caso entrasse um vento mais forte (fato pouco provável).

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Descemos o bote, colocamos o motor e levamos toda a tropa para a praia.

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Encontramos com a tripulação do veleiro News e aproveitamos para confraternizar um pouco e deixar as crianças brincando. Fizemos um delicioso pic-nic ali mesmo, jogando conversa fora e relaxando.

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Quando a fome bateu, voltei para o barco e preparei uma pasta (penne com tomate fresco e manjericão) que devoramos rapidamente. Tive que fazer uma segunda panela para atender aos pedidos.

Lá pelas 5 da tarde, com estomago cheio e as crianças já meio cansadas, levantei âncora e seguimos motorando de volta para a Marina do Engenho. A Betinha e o Sérgio me ajudaram atracar, e passar os cabos da poita, mas como eu havia levantado a quilha para não bater no fundo, fiquei meio sem controle do barco com a marcha a ré. Perdi completamente o controle do barco e não consegui colocar o Bepaluhê na vaga. Ainda bem que eu percebi o que estava ocorrendo, saí da vaga, baixei um pouco a quilha e atraquei novamente com tranquilidade.

 

Obs: o Bepaluhê tem a quilha retrátil, pivotante, que pode ser toda recolhida, deixando seu calado bem reduzido. Eu já havia usado este recurso várias vezes, mas sempre com marcha avante, e observei alguma, moderada, interferência no controle do barco com a quilha recolhida. Mas com a marcha a ré a coisa foi diferente.

A noite foi de passeio pela cidade, um pouco de chuva e confraternização da nossa tripulação infantil e “senior” (rsrsrs) pelas ruas de Paraty.

Dormimos todos no Bepaluhê. Noite tranquila, pouca ondulação. Sono energizante.

Acordamos domingo com calma, tomamos café no cockpit e arrumamos o barco com calma. Estava um dia glamuroso: sol, vento de 12 kt e um mar pedindo para ser navegado.

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Infelizmente não pudemos velejar novamente pois já estavamos preparados para voltar a Sampa e encontrar nossos adolescentes que voltavam de viagem.

Ficou o sabor do fim de semana agradável e das lembranças dos tempos em que Sérgio e eu velejamos juntos.