sábado, 7 de julho de 2012
Yo no soy marinero, Soy Capitán
O mais novo Capitão Amador no mercado é este que vos fala… agora o Bepaluhê tem um Comandante e um Capitão de verdade e habilitado para tal.
Parabens ao amigo e Professor Carlos Polacco que nos conduziu nesta jornada, nos ensinando e conduzindo nossos estudos para atingirmos o êxito esperado.
Obrigado aos amigos e colegas da Turma de Abril do Curso da Porthos Náutica.
Um parabens especial aos novos capitães: MARCO ROMANO, ANDRÉS RICARDO HAHN, FABIO VIEIRA MOROZ e JOSÉ MORENO RUIZ, meus colegas de turma.
E para comemorar a conquista e atender ao pedido do amigo Zeca de Santa Cruz, no Espírito Santo, preparei este pequeno vídeo que mostra algumas velejadas do Bepaluhê, um Multichine 41 com quilha retrátil (MC 41SK) projetado pelo Cabinho (Roberto Barros Yacht Design).
O vídeo é simples e mostra cenas do dia a dia de nossa família passeando. Ainda não tenho filmagens de velejadas com ventos mais fortes e situações mais técnicas. A nova vela genneker acabou de ser montada no enrolador e será testada em breve.
Espero que aproveitem!!
quarta-feira, 4 de julho de 2012
Prevenindo a eletrólise
Desde de que começamos as pesquisas para construir o Bepaluhê em alumínio, sempre vinha o questionamento sobre o risco de corrosão dos próprio casco pelo processo chamado eletrólise.
O medo de algumas pessoas era muito grande, e ficava sempre no ar aquela dúvida sobre o que era, e como evitar este processo de corrosão tão temido.
Logo fui buscar mais informações com quem entendia do assunto (Luis Manuel Pinho - Veleiro Green Nomad), e também em livros e posts de site e blogs especializados. Percebi então que o medo de algumas pessoas era baseado em mitos ou um pouco de desconhecimento no assunto, mas que o risco de corrosão do alumínio, como de qualquer outro metal, é real e deve ser encarado com seriedade por construtores e proprietários de barcos de alumínio.
O projeto já estava comprado e as plantas em minha mesa. As chapas já estavam empilhadas e em processo de corte.
De pé sobre 6 toneladas de alumínio
Pesquisando descobri que grandes embarcações de trabalho (transporte de carga, de prospeção de petróleo e para expedições) e recreio (trawlers e veleiros de cruzeiro) no mundo inteiro eram feitos de alumínio e que a questão da prevenção da corrosão por eletrólise já era bem conhecida e estudada. E mais ainda, que os mecanismos para prevení-la já existiam.
Alumínio bruto transformado num casco forte e de linhas suaves: o dia da grande virada!!
Mas o que é a tal da eletrólise:
da Wikipedia: "A eletrólise é um processo que separa os elementos químicos de um composto através do uso da electricidade. Resumindo, procede-se primeiro à decomposição (dissociação) do composto em íons e, posteriormente, com a passagem de uma corrente contínua através destes íons, são obtidos os elementos químicos. Em muitos casos, dependendo da substância a ser eletrolisada e do meio em que ela ocorre, além de formar elementos ocorre também a formação de novos compostos. O processo da eletrólise é uma reação de oxirredução oposta àquela que ocorre numa célula galvânica, sendo, portanto, um fenômeno físico-químico não espontâneo."
Outro ponto importante é entender quem esta sujeito a este processo, quero dizer, quais são os metais que podem sofrer este processo de decomposição, sofrer a oxiredução e perder seus íons para a água???
A resposta é que são muitos, alguns mais fortes que os outros, e outros mais fracos, com maior propensão ao processo. Mas um dos fatores de maior risco para a eletrólise e a corrosão é a capacidade de condução da corrente elétrica no meio no qual o barco esta, ou seja a água. E neste quesito, a água do mar, que é rica em eletrólitos, é um excelente condutor e coloca todas as embarcações metálicas que ali vivem, sob o risco de eletrólise.
Percebemos claramente que um dos grandes problemas vinha diretamente de terra, ou seja, que ligar o barco a eletricidade do pier nos deixava conectados aos outros barcos, criando uma corrente "de fuga" entre barcos e entre metais de potenciais elétricos diferentes.
Percebe-se então que o alumínio está no meio da lista dos metais sujeitos a corrosão causada pela eletrólise, próximo ao ferro, ao zinco e ao manganês, e portanto necessita de cuidados especiais.
Vale lembrar que os ânodos são feitos para serem corroídos, e que sua corrosão é a certeza de proteção das partes metálicas de nosso barco. Por isso recomenda-se sua inspeção periódica e caso eles não demonstrem sinais de corrosão devemos revisar nossas instalações elétricas e mecanismos preventivos de eletrólise.
Os anôdos devem ser trocados quando demonstrarem sinais de corrosão superior a 70% ou 80% de sua superfície.
Vejam só o que pode ocorrer com nosso hélice, ou pior, com eixo e casco, se não prevenirmos adequadamente a eletrólise