Bepaluhê - O veleiro da família
Vivendo um sonho a cada momento
segunda-feira, 11 de março de 2024
segunda-feira, 23 de janeiro de 2023
segunda-feira, 23 de julho de 2018
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
O mar não sai de mim!!
Faz cinco anos que temos o Bepaluhê e neste período foi nele que vivi os melhores momentos de minha vida!
No Bepaluhê e no Mar!
Seja em família ou com amigos, viver o mar, estando dentro dele, nos trouxe muita paz, alegria, divertimento e união.
É por isto que digo sempre, mesmo longe do mar, o mar não sai de mim.
Lembranças de 2015:
Ilha Itanhangá - Angra dos Reis
No Bepaluhê e no Mar!
Seja em família ou com amigos, viver o mar, estando dentro dele, nos trouxe muita paz, alegria, divertimento e união.
É por isto que digo sempre, mesmo longe do mar, o mar não sai de mim.
Lembranças de 2015:
Ilha Itanhangá - Angra dos Reis
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
O BEPALUHÊ ESTÁ A VENDA
Caros amigos,
Passados quase 5 anos do lançamento do Bepaluhê, com muitas
milhas navegadas ao longo da costa do Brasil com muito conforto e segurança,
mesmo em situações de mar e vento difíceis como na REFENO 2014.
Foram diversos momentos maravilhosos vividos dentro e fora
do nosso querido veleiro que nos deixaram lembranças inesquecíveis..
A família é grande e a ocupação média tem sido de 3-4
pessoas a bordo com conforto. Mas os namorados e agregados vão chegar e
queremos estar preparados para recebe-los com o mesmo conforto e alegria de
sempre. Por esta razão concluímos que chegou a hora de dar um passo a frente em
nossa vida de velejadores e decidimos vender o Bepaluhê e construir um sonho um
pouco maior.
Não será fácil deixa-lo ir ... mas os barcos, tal como os
filhos, não nos pertencem e devemos deixa-los seguir seu destino.
O Bepaluhê é um veleiro fantástico, trata-se de um
Multichine 41 SK (swing keel – quilha retrátil)
projetado pelo respeitado escritório naval brasileiro Roberto Barros
Yacht Design (Cabinho para os brasileiros) e construído com maestria, todo em
alumínio naval, pela Ilha Sul
Construções Náuticas de Porto Alegre sob minha supervisão direta.
Trata-se de um veleiro único no mercado nacional, construído
somente com itens da melhor qualidade e buscando oferecer aos seus proprietários
um conforto total,tanto durante a navegação como quando ancorado. Ítens como ar
condicionado em todos os ambientes, gerador, radar, chartplotter, piloto
automático, rádio SSB, epirb, Balsa salva vidas, entre outros, garantem ao
Bepaluhê todo o conforto e segurança necessários aos navegadores mais
exigentes.
Seja para uma navegação costeira, ou para uma volta ao
mundo, o Bepaluhê está pronto para partir a qualquer momento; basta abastecer
água, diesel e alimentos e partir.
Para quem quiser saber mais detalhes sobre a construção do
Bepaluhê basta seguir o link: http://bepaluheaconstrucao.blogspot.com.br
Já aqueles que quiserem conhecer um pouco mais sobre nossas
velejadas e as aptidões marinheiras do Bepaluhê sigam este outro link: http://www.bepaluhe.blogspot.com.br
Preço: R$ 980.000,00
Contato: bepaluhe@gmail.com
Paulo Ribeiro
Seguem os dados do
inventário:
Modelo: Multichine 41 SK (quilha retrátil)
Projetista: Roberto Barros Yacht Design
Ano: 2011
Preço: R$ 1.200.000
Material de construção: Alumínio Naval
Motor: Yanmar 54 hp
Hélice: Kiwiprop de 4 pás + hélice Andreoni reserva de 3 pás
Tanques de água: 600 litros
Tanques de diesel: 300 litros
Design de cockpit amplo e de prático manuseio + amplo paiol
para guardar utensílios de navegação, caixa de ferramentas, peças de reserva e
muito mais
Design interior:
-
ampla sala com passadeira para apoio de alimentos
e mesa de refeições dobrável que pode também ser transformada em um cama.
-
A sala possui um sofá em L e ampla área para
estocagem de utensílios e alimentos
-
01 adega para vinhos (6 garrafas)
-
A cozinha esta equipada com geladeira,
congelador, fogão de 3 bocas, micro ondas, pia de cuba dupla
-
02 cabines tipo suíte com camas de casal e 02
banheiros integrados às suítes. Os dois banheiros possuem ampla área de
chuveiro separada do vaso sanitários e da pia.
Mastreação: Farol, esticadores Nautos, enroladores Profurl
(Genoa e Staysail) e Facnor (Balão Assimétrico)
Ferragens de mastro e cockpit: Harken
Catracas: Harken (todas manuais) sendo,
-
2 unidades modelo 52
-
2 unidades 46
-
2 unidades 42
-
2 unidades 40 montadas no mastro
Velas: Olimpic Sails. O enxoval de velas, feitos com dacron
importado de qualidade superior, contra com: vela mestra, genoa (montada em
enrolador Profurl), staysail (montada em enrolador Profurl), balão assimétrico
(montado em enrolador Facnos Asym FX250) e vela de tempestade.
Âncoras: 01 Mantus de 35 kg (principal) montada em 50 metros
de corrente de 10 mm + 50 metros de cabo, 01 Bruce de 25 kg (50 metros de cabo
reserva) e 01 Bruce de 15 kg
Guincho: Lewmar 1500 w , vertical
Gurupés retrátil para o balão assimétrico
Capotaria: Tlaloc com biminni + doghouse + tenda protetora
para sol presa ao mastro + capa de vela
Equipamentos de cozinha:
-
geladeira 12 v com congelador integrado
-
fogão de 3 bocas a gás com sistema de
detecção/alarme contra vazamento de gás + solenoide para interrupção do gás em
caso de vazamento
-
forno micro ondas
Equipamentos Eletrônicos na sala e mesa de navegação:
-
Chartplotter FURUNO Navnet 3D 13 polegadas com
cartas Raster de toda a costa brasileira
-
Radar FURUNO posicionado no mastro para leitura
na chartplotter
-
Piloto automático FURUNO NavPilot 500
-
Painel MUltifunção para controle do piloto
automático NavPilot 500
-
Painel multifunção FI 503 FURUNO para leitura de
profundidade, velocidade, vento e etc
-
Sensor Airmar modelo PB 100 posicionado no
mastro com função de GPS, Vento, Temperatura e Pressão Barométrica, para
leitura a distância via NMEA 2000 ou USB e conectado a chartplotter ou
computador
-
Windmeter posicionado no mastro para leitura a
distância na chartplotter ou Painel multifunção
-
Painel eletrônico DC 12V com disjuntores para
cada área ou equipamento utilizado no veleiro de forma independente
-
Painel eletrônico AC 220V com disjuntores
bipolares (específicos para barcos feitos em alumínio) para cada área ou
equipamento
-
Carregador/Inversor MASTERVOLT MassCombi 2000
(12V/220V)
-
Isolador/Transformador Mass GI MASTERVOLT para isolamento da
corrente vinda do píer
-
Seletor automático de corrente AC, MASS System
Switch MASTERVOLT para seleção automática entre inversor, píer e gerador
-
Painel de controle do sistema MASTERVOLT Easy
View
-
Jogo de Baterias de serviço MASTERVOLT em AGM
(Gel) totalizando 600 Ah (3 baterias de 200 Ah)
-
01 bateria para motor com 70 Ah
-
01 bateria para gerador com 100 Ah
-
Gerador a diesel marca Kohler de 6 Kva
-
02 aparelhos de ar condicionado (18.000 BTU + 12.000 BTU) sendo um exclusivo
para a cabine do capitão e outro para a sala e a cabine de proa
-
02 paineis eletrônicos remotos para controle dos
aparelhos de ar condicionado
-
01 rádio VHF Icom M604 com comando remoto no
cockpit também + antena no mastro
-
01 rádio SSB Icom M 802
-
01 antena SSB modelo GAM instalada no estai de
popa
-
01 sistema de aterramento para rádio SSB modelo
KISS
-
01 seletor automático de frequências (Automatic
Antenna Tuner) para rádio SSB modelo AT 103
-
01 aparelho AIS transponder Class B FA 50 +
antena acomplatos a chartplotter
-
01 antena TV Digital + acoplador de RF
-
01 televisor 29 polegadas Marca Sony
-
01 rádio/DVD Pionner com sistema Bluetooth para
conexão wireless + 4 alto falantes JLB (2 na sala e 2 no cockpit)
-
01 pistão hidráulico com controle direto e
controle remoto no cockpit para comandos de sobe e desce da quilha
-
01 EPIRB MCMURDO S4 SART
-
01 Baliza de localização MC MURDO SMARTFIND E5
Equipamentos eletrônicos na cabine do capitão:
-
01 painel multifunção FI 503 para leitura de
vento, profundidade, velocidade e etc
Equipamentos eletrônicos no cockpit:
-
Chartplotter FURUNO Navnet 3D 11 polegadas com
cartas Raster de toda a costa brasileira posicionado no DOGHOUSE para fácil
visão e navegaçãoo noturna
-
Painel Multifunção para controle do piloto
automático NavPilot 500 (posto de comando na roda de leme)
-
Painel multifunção para leitura de vento Modelo
FI 501 (posto de comando na roda de leme)
-
Painel multifunção FI 504 para leitura de
velocidade, temperatura de mar, profundidade, vento e etc (posto de comando na
roda de leme)
-
Interruptor para controle do pistão hidráulico
da quilha com sistema de sobe/desce e painel relógio de agulha para controle do mesmo
-
Interruptores para controle da iluminação externa
e buzina
Equipamentos para controle de águas
-
01 bomba pressurizadora ParMax 5GPH
-
encanamento para agua fria e quente
individualizados com cores diferentes
-
01 boiler de 40 litros
-
01 holding tank com 90 litros servindo aos 2
vasos sanitários
-
02 vasos sanitários tamanho residencial em
cerâmica
-
02 bombas de vácuo (Vacusafe) acopladas ao
encanamento dos vasos sanitários e ao holdingtank
-
01 bomba maceradora acoplada ao holdingtank para
triturar e eliminar os resíduos em local apropriado
-
02 tampas para entrada de água doce nos tanques
-
02 tampas ara entrada de combustível nos tanques
-
01 tampa para aspiração de resíduos do
holdingtank
-
02 bombas automáticas para eliminação de água
dos chuveiros
-
02 bombas automáticas para eliminação de água
das pias dos banheiros
-
03 bombas de porão todas ligadas em automático
diretamente no banco de bateria de serviço
Equipamentos de Segurança a Navegação
-
02 boias circulares
-
pirotécnicos de acordo com as exigências da
Marinha Brasileira
-
Coletes Salva Vidas Classe 1 e 2
-
Cintos de Segurança e fita para linha da vida
-
Balsa Salva Vidas para 6 pessoas marca Plastimo
-
01 EPIRB
-
01 Baliza sinalizadora Smartfind
Equipamento reserva e acessórios: o Bepaluhê possui grande
quantidade de peças de reserva para reposição e equipamentos em duplicata para
maior segurança a navegação.
sexta-feira, 10 de abril de 2015
Velejando de Noronha a Natal - Bepaluhê na FENAT 2014
Após a REFENO de 2014 ficamos mais alguns dias em Noronha aproveitando um pouco aquele lindo paraíso. Os dias lá correram rápido e logo nos vimos preparando o Bepaluhê para o retorno ao continente.
No sábado dia 04/10/2014 nos juntamos a flotilha que iria participar da regata FENAT (FERNANDO DE NORONHA-NATAL). Foi uma velejada maravilhosa, com ventos muito fortes não previstos nas cartas sinópticas ou outras fontes de previsão meteorológica.
Vejam um pouco destes momentos no vídeo abaixo...
No sábado dia 04/10/2014 nos juntamos a flotilha que iria participar da regata FENAT (FERNANDO DE NORONHA-NATAL). Foi uma velejada maravilhosa, com ventos muito fortes não previstos nas cartas sinópticas ou outras fontes de previsão meteorológica.
Vejam um pouco destes momentos no vídeo abaixo...
terça-feira, 10 de março de 2015
Um grande prazer
Outro dia conversava com a Betinha, minha esposa, sobre as grandes influências dos meus pais em minha vida; cultura, ensino, educação, religião e muito mais...
De tudo, talvez o amor pela natureza, pelas viagens e pelo mar, sejam os pontos que mais evidenciam a presença de ambos em minha formação.
E é com este pensamento que eu sigo buscando oferecer aos meus filhos a oportunidade para adquirir o mesmo gosto pelo mar que herdei dos meus pais. Parece que a pequena princesa Heloisa já aprendeu a lição e não desperdiça nenhum minuto para aproveitar as delícias do mar.
É … parece que ela herdou muito mais do que só o nome de sua avó!!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Uma Homenagem a quem me ensinou a velejar
Muito tempo se passou desde nossa última postagem, e alguns amigos nem sabiam que já estavamos de volta a Paraty.
Pois bem, já voltamos!
O Bepaluhê já está com suas amarras bem presas ao píer da Marina do Engenho em Paraty desde dezembro de 2014 e nós ... Ah nós !
Voltamos a rotina de trabalho já em outubro, logo que voltamos da REFENO e fizemos outra regata, a FENAT, de Noronha a Natal.
Muita água rolou sob nossa quilha neste período e chegamos em dezembro com o sabor amargo da despedida, não a despedida fugaz, corriqueira, aquele adeus que se desfaz após o por do sol, mas o ADEUS, aquela sem volta, de carne e alma, daquele que amamos.
Foi assim que passamos o Natal de 2014, buscando lembranças alegres do nosso querido pai , Evaristo, ou Tito para os amigos, para apagar a dor da despedida.
E para homenageá-lo vou usar este lindo texto escrito pelo seu irmão , meu Tio Silas (obrigado Silas pelas lindas palavras):
Pois bem, já voltamos!
O Bepaluhê já está com suas amarras bem presas ao píer da Marina do Engenho em Paraty desde dezembro de 2014 e nós ... Ah nós !
Voltamos a rotina de trabalho já em outubro, logo que voltamos da REFENO e fizemos outra regata, a FENAT, de Noronha a Natal.
Muita água rolou sob nossa quilha neste período e chegamos em dezembro com o sabor amargo da despedida, não a despedida fugaz, corriqueira, aquele adeus que se desfaz após o por do sol, mas o ADEUS, aquela sem volta, de carne e alma, daquele que amamos.
Foi assim que passamos o Natal de 2014, buscando lembranças alegres do nosso querido pai , Evaristo, ou Tito para os amigos, para apagar a dor da despedida.
E para homenageá-lo vou usar este lindo texto escrito pelo seu irmão , meu Tio Silas (obrigado Silas pelas lindas palavras):
domingo, 14 de dezembro de 2014
Adivinha que veleiro é este?
Olha só que lindo presente eu ganhei do amigo Chagas (Veleiro Intuição).
Lindas imagens feitas do Bepaluhê navegando entre Salvador e Maceió em Setembro deste ano.
Agora é tratar de curtir o verão na Baía de Ilha Grande (Paraty, Angra e Ilha Grande) onde o Bepaluhê nos espera ansioso e prontinho para passear.
Lindas imagens feitas do Bepaluhê navegando entre Salvador e Maceió em Setembro deste ano.
Agora é tratar de curtir o verão na Baía de Ilha Grande (Paraty, Angra e Ilha Grande) onde o Bepaluhê nos espera ansioso e prontinho para passear.
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
REFENO 2014, O VÍDEO
Demorou mas chegou!
Foi preciso um pouco mais de tempo para amadurecer todas as experiências vividas durante esta Refeno e também conseguir escolher os trechos mais significativos desta maravilhosa velejada que fizemos.
Mas o resultado final está aí, espero que aproveitem!
REFENO, uma experiência ímpar...
Fernando de Noronha, um lugar sem igual...
Foi preciso um pouco mais de tempo para amadurecer todas as experiências vividas durante esta Refeno e também conseguir escolher os trechos mais significativos desta maravilhosa velejada que fizemos.
Mas o resultado final está aí, espero que aproveitem!
REFENO, uma experiência ímpar...
Fernando de Noronha, um lugar sem igual...
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
REFENO 2014 - Fomos e Voltamos
O que dizer de uma regata com 305 milhas náuticas, mar alto com ondas de 3 metros e ventos uivando entre 25 a 30 nós?
Só podemos dizer que fomos, curtimos, voltamos e nosso maravilhoso veleiro Bepaluhê esta inteirinho, sem nada quebrado!
E olha que este ano teve de tudo, barco com mastro quebrado logo no início, lemes quebrados, naufrágio e muito mais ...
No total foram 9 veleiros que não puderam completar a regata por problemas os mais diversos.
Nós, que éramos marinheiros de primeira viagem e com uma tripulação pouco entrosada para regatas (dois casais tentando curtir o passeio ao máximo), até que ficamos contentes com nosso desempenho, em especial por termos resistido firme nos turnos, por termos chegado ilesos e por termos superado aquele marzão danado que Deus nos mandou.
Chegamos a Recife no dia 24/9 a tarde e fomos direto para o Cabanga Iate Clube onde o Bepaluhê nos esperava tranquilo em uma bela vaga que o amigo Comandante Sérgio Chagas (Veleiro Intuição) o havia colocado uma semana antes vindo de Salvador.
No barco já estavam nos esperando os amigos e parceiros nesta empreitada, o casal Jairo e Claudia do Veleiro Nemo (Ilha Sul Náuticas), prontos para desfazer as malas e arrumar o barco para a “longa” travessia.
Aproveitamos para colocar as conversas em dia e curtir um pouco o ambiente. Terminamos o dia e começo da noite com uma petiscos e ostras frescas (que só eu comi pois os outros não gostavam de ostras) no bar da piscina do clube.
E os dias foram correndo entre conversas e preparativos para a regata; fomos ao supermercado comprar os mantimentos para a viagem e passeamos um pouco, bem pouco, pela cidade.
Dia 25/9 a noite fomos à grande festa de abertura oficial do evento seguida por jantar e baile. Voltamos cedo para o barco...
Tripulação confraternizando no almoço e passeando no clube
E quando vimos já era sexta feira a noite, véspera da partida e a ansiedade já estava solta. Betinha preocupada em como iria enfrentar o mal estar e Claudia ansiosa com a grande aventura.
Partiríamos na primeira largada, logo as 12:30 hs do sábado dia 27/9/14.
Ancorados no canal a espera da largada
Reparos finais - trocando a lâmpada de navegação
No início deu tudo certo, largamos bem, sem queimar e fomos lentamente (ventos de 14-15 kt) passando os outros barcos ainda dentro do canal do porto, mas de repente entrou um vento mais forte de 20 kt e nós arribamos muito para sotavento e este foi o erro. Quando dei a ordem para cambar a genoa não enrolou e fomos derivando perigosamente para cima dos molhes do fim do canal...
Largando bem
Todos do grupo nos passaram e perdemos quase uma hora tentando nos safar dos molhes e recuperar o tempo. Erro de principiantes!!
Sufoco logo após a largada e a turma de traz já nos passando
Na sequência, o vento acalmou e tivemos muita dificuldade para conseguir chegar à bóia que estava ao sul do ponto de largada. Nesta brincadeira perdemos quase 3 hs e nos estressamos muito. Quando finalmente consegui colocar o barco no rumo certo já passávamos das 15 hs e eu tinha uma tripulação com o moral lá embaixo e uma tripulante, minha querida Betinha, já mareada e vomitando sem parar. Devo dizer que estive por pouco para abandonar tudo e voltar para Recife. Mas Betinha foi forte e me permitiu seguir adiante.
Logo após montar a bóia sul, com ventos ainda fortes na casa dos 25-30 kt, cruzamos com o primeiro veleiro avariado, um catamarã que havia quebrado o mastro, que dor! Fizemos contato no rádio, estavam todos bem a bordo e o socorro já fora acionado via rádio. Seguimos viagem um pouco preocupados com o que nos esperava.
Um susto, catamarã com mastro quebrado
Com a ajuda do amigo Jairo, que aos poucos fomos nos entrosando no controle das velas e do barco, conseguimos imprimir um bom ritmo noite a dentro e apesar do mar e vento grandes, o Bepaluhê se comportava como um verdadeiro trator do mares, cortando as ondas menores e surfando nas maiores.
Com a quilha toda baixa, a vela grande no primeiro riso e a genoa com 2/3 seguimos com velocidades que variavam de 6 a 7 kt. Depois das 10 da noite rizamos um pouco mais a grande para dar mais conforto e permitir que um de nós descansasse um pouco. Fizemos turnos de 2 hs até o amanhecer.
Betinha passava mal, não podia descer para a proteção do interior do barco pois piorava, passou a noite toda no cockpit, nauseada e vomitando, deitada no canto e tentando segurar a onda. Não tinha nem palavras para falar.
No dia seguinte, domingo 28/9, o tempo amanheceu lindo e aos poucos o moral a bordo foi melhorando e voltando ao normal. Durante o dia eu e Jairo nos divertíamos trinando as velas e tentando tirar o melhor do Bepaluhê que chegava a fazer 8-9 kt nas surfadas, devo dizer que daí pra frente fomos levando o o barco na ponta dos dedos (mentira, o piloto automático foi quem controlou brilhantemente o barco toda a viagem) e levei o Bepaluhê ao seu limite, como nunca havia feito antes. Tivemos períodos durante o dia com todo o pano aberto, barco bem adernado e desempenho excelente para um veleiro de cruzeiro equipado e pesado como o nosso.
Velejada maravilhosa com todo pano em cima
Claudia e Jairo curtindo o barco, o vento e a velejada
Bepaluhê a todo pano de dia
Betinha começando a melhorar um pouco no fim do segundo dia
Por do sol no mar: impagável
Andando bem nas surfadas
A segunda noite já foi mais tranquila, não no vento e no mar, mas na segurança que tínhamos no barco e no nosso desempenho. Betinha já estava um pouquinho melhor e pelo menos conseguia se hidratar, conversar um pouco e tinha palavras para jurar que “nunca mais”!
Pirajá ao anoitecer: só para assustar
Amanheceu dia 29/9 e tínhamos a certeza que os primeiros veleiros já estavam em Noronha, e nós ali ainda em busca do nosso destino. Por outro lado estávamos dispostos e cada vez mais felizes e seguros. Sabíamos de vários veleiros com avarias e desistências e este fato reforçava nossa alegria de estar chegando em Noronha.
Agora sim a almiranta começou a se recuperar
Comandante Paulo louco para ver a ilha
Passavam poucos minutos das 12 hs quando avistamos a Ilha de Fernando de Noronha ao longe, camuflada pela névoa que vinha do mar e refletiam nos raios solares. Daí até a chegada foi só uma questão de paciência .
Fernando de Noronha ao fundo
Comemorando a chegada: ansiedade a mil
Às 15:31 montamos a ponta da Sapata!
Às 16:29 cruzamos a linha de chegada no mirante do Boldró com 51 horas e 51 minutos !
Noronha: um espetáculo a parte. Só que foi sabe!
Morro do Pico e Dois Irmãos: ícones de Noronha
Estávamos realizados! Cansados certamente, mas realizados e felizes pela conquista.
O nunca mais ficou para traz e abriu espaço para curtir a ilha pelos dias que se seguiram, mas isto eu contarei no próximo post...
Enfim ancorados em Noronha! Morro do Pico ao fundo
Dedicatória:
Dedico esta viagem ao meu amor Betinha, que dentro da sua intangível fragilidade, se fez forte como uma leoa (do mar claro) permitindo que eu realizasse este sonho e vivesse intensamente cada segundo deste passeio/regata.
Obrigado Betinha!!
Agradecimentos:
Aos amigos Jairo e Claudia pelo companheirismo e dedicação durante os 10 dias em que estivemos juntos, convivendo, sofrendo e nos divertindo muito.
Tenho certeza que esta regata ficará marcada para sempre!
Só podemos dizer que fomos, curtimos, voltamos e nosso maravilhoso veleiro Bepaluhê esta inteirinho, sem nada quebrado!
E olha que este ano teve de tudo, barco com mastro quebrado logo no início, lemes quebrados, naufrágio e muito mais ...
No total foram 9 veleiros que não puderam completar a regata por problemas os mais diversos.
Nós, que éramos marinheiros de primeira viagem e com uma tripulação pouco entrosada para regatas (dois casais tentando curtir o passeio ao máximo), até que ficamos contentes com nosso desempenho, em especial por termos resistido firme nos turnos, por termos chegado ilesos e por termos superado aquele marzão danado que Deus nos mandou.
Chegamos a Recife no dia 24/9 a tarde e fomos direto para o Cabanga Iate Clube onde o Bepaluhê nos esperava tranquilo em uma bela vaga que o amigo Comandante Sérgio Chagas (Veleiro Intuição) o havia colocado uma semana antes vindo de Salvador.
Cabanga Iate Clube - Um ícone nacional
No barco já estavam nos esperando os amigos e parceiros nesta empreitada, o casal Jairo e Claudia do Veleiro Nemo (Ilha Sul Náuticas), prontos para desfazer as malas e arrumar o barco para a “longa” travessia.
Aproveitamos para colocar as conversas em dia e curtir um pouco o ambiente. Terminamos o dia e começo da noite com uma petiscos e ostras frescas (que só eu comi pois os outros não gostavam de ostras) no bar da piscina do clube.
E os dias foram correndo entre conversas e preparativos para a regata; fomos ao supermercado comprar os mantimentos para a viagem e passeamos um pouco, bem pouco, pela cidade.
Dia 25/9 a noite fomos à grande festa de abertura oficial do evento seguida por jantar e baile. Voltamos cedo para o barco...
Tripulação confraternizando no almoço e passeando no clube
E quando vimos já era sexta feira a noite, véspera da partida e a ansiedade já estava solta. Betinha preocupada em como iria enfrentar o mal estar e Claudia ansiosa com a grande aventura.
Partiríamos na primeira largada, logo as 12:30 hs do sábado dia 27/9/14.
Ancorados no canal a espera da largada
Reparos finais - trocando a lâmpada de navegação
No início deu tudo certo, largamos bem, sem queimar e fomos lentamente (ventos de 14-15 kt) passando os outros barcos ainda dentro do canal do porto, mas de repente entrou um vento mais forte de 20 kt e nós arribamos muito para sotavento e este foi o erro. Quando dei a ordem para cambar a genoa não enrolou e fomos derivando perigosamente para cima dos molhes do fim do canal...
Largando bem
Todos do grupo nos passaram e perdemos quase uma hora tentando nos safar dos molhes e recuperar o tempo. Erro de principiantes!!
Sufoco logo após a largada e a turma de traz já nos passando
Na sequência, o vento acalmou e tivemos muita dificuldade para conseguir chegar à bóia que estava ao sul do ponto de largada. Nesta brincadeira perdemos quase 3 hs e nos estressamos muito. Quando finalmente consegui colocar o barco no rumo certo já passávamos das 15 hs e eu tinha uma tripulação com o moral lá embaixo e uma tripulante, minha querida Betinha, já mareada e vomitando sem parar. Devo dizer que estive por pouco para abandonar tudo e voltar para Recife. Mas Betinha foi forte e me permitiu seguir adiante.
Logo após montar a bóia sul, com ventos ainda fortes na casa dos 25-30 kt, cruzamos com o primeiro veleiro avariado, um catamarã que havia quebrado o mastro, que dor! Fizemos contato no rádio, estavam todos bem a bordo e o socorro já fora acionado via rádio. Seguimos viagem um pouco preocupados com o que nos esperava.
Um susto, catamarã com mastro quebrado
Com a ajuda do amigo Jairo, que aos poucos fomos nos entrosando no controle das velas e do barco, conseguimos imprimir um bom ritmo noite a dentro e apesar do mar e vento grandes, o Bepaluhê se comportava como um verdadeiro trator do mares, cortando as ondas menores e surfando nas maiores.
Com a quilha toda baixa, a vela grande no primeiro riso e a genoa com 2/3 seguimos com velocidades que variavam de 6 a 7 kt. Depois das 10 da noite rizamos um pouco mais a grande para dar mais conforto e permitir que um de nós descansasse um pouco. Fizemos turnos de 2 hs até o amanhecer.
Betinha passava mal, não podia descer para a proteção do interior do barco pois piorava, passou a noite toda no cockpit, nauseada e vomitando, deitada no canto e tentando segurar a onda. Não tinha nem palavras para falar.
No dia seguinte, domingo 28/9, o tempo amanheceu lindo e aos poucos o moral a bordo foi melhorando e voltando ao normal. Durante o dia eu e Jairo nos divertíamos trinando as velas e tentando tirar o melhor do Bepaluhê que chegava a fazer 8-9 kt nas surfadas, devo dizer que daí pra frente fomos levando o o barco na ponta dos dedos (mentira, o piloto automático foi quem controlou brilhantemente o barco toda a viagem) e levei o Bepaluhê ao seu limite, como nunca havia feito antes. Tivemos períodos durante o dia com todo o pano aberto, barco bem adernado e desempenho excelente para um veleiro de cruzeiro equipado e pesado como o nosso.
Velejada maravilhosa com todo pano em cima
Claudia e Jairo curtindo o barco, o vento e a velejada
Bepaluhê a todo pano de dia
Betinha começando a melhorar um pouco no fim do segundo dia
Por do sol no mar: impagável
Andando bem nas surfadas
A segunda noite já foi mais tranquila, não no vento e no mar, mas na segurança que tínhamos no barco e no nosso desempenho. Betinha já estava um pouquinho melhor e pelo menos conseguia se hidratar, conversar um pouco e tinha palavras para jurar que “nunca mais”!
Pirajá ao anoitecer: só para assustar
Amanheceu dia 29/9 e tínhamos a certeza que os primeiros veleiros já estavam em Noronha, e nós ali ainda em busca do nosso destino. Por outro lado estávamos dispostos e cada vez mais felizes e seguros. Sabíamos de vários veleiros com avarias e desistências e este fato reforçava nossa alegria de estar chegando em Noronha.
Agora sim a almiranta começou a se recuperar
Comandante Paulo louco para ver a ilha
Passavam poucos minutos das 12 hs quando avistamos a Ilha de Fernando de Noronha ao longe, camuflada pela névoa que vinha do mar e refletiam nos raios solares. Daí até a chegada foi só uma questão de paciência .
Fernando de Noronha ao fundo
Comemorando a chegada: ansiedade a mil
Às 15:31 montamos a ponta da Sapata!
Às 16:29 cruzamos a linha de chegada no mirante do Boldró com 51 horas e 51 minutos !
Noronha: um espetáculo a parte. Só que foi sabe!
Morro do Pico e Dois Irmãos: ícones de Noronha
Estávamos realizados! Cansados certamente, mas realizados e felizes pela conquista.
O nunca mais ficou para traz e abriu espaço para curtir a ilha pelos dias que se seguiram, mas isto eu contarei no próximo post...
Enfim ancorados em Noronha! Morro do Pico ao fundo
Dedicatória:
Dedico esta viagem ao meu amor Betinha, que dentro da sua intangível fragilidade, se fez forte como uma leoa (do mar claro) permitindo que eu realizasse este sonho e vivesse intensamente cada segundo deste passeio/regata.
Obrigado Betinha!!
Agradecimentos:
Aos amigos Jairo e Claudia pelo companheirismo e dedicação durante os 10 dias em que estivemos juntos, convivendo, sofrendo e nos divertindo muito.
Tenho certeza que esta regata ficará marcada para sempre!
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