Após uma viagem um pouco cansativa acabamos chegando a Paraty já na noite da quinta feira. Arrumamos tudo no barco e fomos dormir cedo.
O dia seguinte, a 6a feira da Paixão, amanheceu tranqüilo, com muita gente se arrumando e seguindo logo seus rumos.
Aproveitamos o dia para relaxar e curtir um pouco a natureza. Fomos velejando bem suave, só de genoa, até o saco Jurumirim e ancoramos perto das boias que limitam a área dos banhistas.
Aliás, grande iniciativa esta do Amir Klink, acho que mais gente deveria fazer isto, assim as praias ficarão mais limpas e livres para caminhar e para os banhistas.
Fato interessante observamos naquele dia , um duelo de titãs!! Já passava do meio dia, sol a pino, Zênite queimando ovo na areia, e os dois gladiadores se enfrentavam sem medo: a esquerda o gato malhado… e a direita, ahhhhh, o siri fantasma.
Quem vocês acham que ganhou??
Ganhou foi a natureza, após alguns minutos de enfrentamento visual, o gato atacando e o siri se defendendo com suas presas afiadas, a luta terminou empatada.
O gato deitou-se e seguiu fitando seu adversário que lentamente foi se afastando do inimigo.
O dia valeu pois ancoramos e desembarcamos em um lugar histórico, que tem tudo a ver com a navegação de cruzeiro no Brasil, e mais ainda, com a nossa história e a construção do Bepaluhê.
Uma prainha linda, com sua casa histórica e um mar vivo, coma natureza exuberante e peixes nadando ao nosso lado.
No dia seguinte, tínhamos um encontro marcado na Cotia, o Churrasco de Páscoa da ABVC. Tomamos um cafezinho preto e saímos também sem pressa. Levamos quase 3 horas para cumprir a derrota até a Cotia. Colocamos todo o pano em cima: genoa, staysail e mestra.
Vento NE/E : 5-8 kt rajadas de 10 kt pouco frequentes. SOG: 3-5 kt com todos os panos.
E claro, as vezes quando o vento minguava, entrava o japa 54hp na jogada para garantir 4-5 kt de SOG, enfim, a fome estava chegando.
Foi uma diversão, pela primeira vez senti o barco andando bem, só na vela, levemente adernado, mas ainda confortável. Fiquei trimando as velas por horas, conhecendo um pouco mais do nosso Bepaluhê. O comportamento mais uma vez foi muito fácil, comando acessíveis, de fácil manuseio, enroladores leves. Só faltou risar a mestra, mas com aquele ventinho não valia a pena a brincadeira.
Quando passamos a Ilha do Catimbau e fomos margeando a Ilha do Algodão o vento parou de vez e tivemos que seguir a motor.
Na Ilha da Cotia a ancoragem já estava cheia, demonstrando que a festa seria das boas.
A maré era de lua e estava bem cheia, ancoramos mais longe da prainha, que a esta altura já não existia e fora tomada pela maré, checamos a posição de nosso barco, colocamos o motor no bote, carregamos toda a tralha de churrasco e os brinquedos da Helô e seguimos para a praia.
Já na Ilha da Cotia fomos recebidos por uma calorosa comissão de frente, com as anfitriãs Regina e Léo cuidando da organização e o Eduardo Schwery, e mais um monte de amigos, cuidando do churrasco.
O coelhinho da Páscoa recebu as crianças de forma carinhosa e logo o parquinho de diversões foi montado ali mesmo, ao lado da churrasqueira.
As "anfitriãs" Regina (RegWell) e Léo (Horus) e a sempre educada e disposta Helena (Tangata Manu), vestida a caráter, preparavam os crachás e organizavam a brincadeira.
No meio da bagunça encontramos estes dois coelhos perdidos: coelho pai e coelhinha filha!!!
Comandante Eduardo no controle da churrasqueira
No outro dia … tal como cachorros magros, acordamos bem cedo, levantamos âncora e seguimos o rumo de volta para a marina. Ao longe, seguíamos o Tangata Manu e apreciávamos a beleza daquele amanhecer e da natureza abençoada por Deus … um momento mágico.
Para garantir a segurança da embarcação e a transmissão dos conhecimentos de pai para filhos, a pequena Helô já está aprendendo lentamente as artes da navegação
O resumo da Páscoa: precisa dizer algo??!!
Show de bola!!
Pô,Comandante! Chamar a Marinha Farinha de Siri é sacanagem!!! kkk...muito legal a páscoa de vcs. Queria ter estado lá... Bons ventos e aproveitem Paraty pela gente tbm!!!
ResponderExcluirValeu Juca,
ResponderExcluiré que na terra do meu pai, em Iguape (vale do Ribeira), a Maria Farinha tb era chamada de siri-fantasma. E aí, quando minha filhinha me perguntou o que era aquilo, eu lembrei do nome de infância.
Mas valeu Juca, foi realmente mágico para nós.
E a sua travessia Paraty-Guarujá, que show ein! Adorei o relato.
BV,
Paulo